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Mulheres que moldaram o mundo da animação

Dia da mulher 2024. Recortes de mulheres importantes para a indústria da animação.
Ilustração: Ellen Ayumi

Hoje, dia 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Não apenas uma data, mas um dia que representa a luta pela igualdade de gênero e celebra as conquistas e o impacto das mulheres na sociedade.

Conforme olhamos para anos de talento e criatividade, destacamos a indústria da animação. Mulheres sempre estiveram presentes, seja na criação ou na inspiração, trazendo sua sensibilidade e resiliência em todos os processos. Neste dia, enaltecemos artistas que deixaram sua marca imutável no mundo da animação.

A jornada dessas mulheres trata sobre a busca de reconhecimento, desafiando estereótipos e influenciando gerações futuras. De animadoras incríveis à diretoras visionárias, cada uma representa um papel importante na história da animação.

Então, ao explorarmos suas trajetórias, celebramos não só seus talentos e conquistas pessoais, mas também suas vozes e presenças que mudaram e vem mudando o cenário da animação. Com isso, vamos destacar algumas mulheres admiráveis que inspiram e que ressignificam o poder da arte.

Rebecca Sugar

Animadora, compositora e ativista dos direitos LGBTQIAPN+, Rebecca Sugar é a criadora da série “Steven Universo” e compositora de uma das músicas de maior sucesso do desenho, a canção “Stronger Than You“. Foi a primeira mulher a ter uma animação própria no Cartoon Network.

Domee Shi

Vencedora do Oscar de Melhor Curta de Animação em 2019, por “Bao” da Pixar, Domee Shi é uma diretora e ilustradora de storyboard chinesa. Esteve na direção de “Red: Crescer É uma Fera” e possui um trabalho na animação amplamente reconhecido.

Rebecca Sugar e Domee Shi
Rebecca (direita) e Domee (esquerda)
Ale McHaddo e Mary Blair.
McHaddo (esquerda) e Blair (direita)

Ale McHaddo

Criadora da série “Nilba e os Desastronautas”, primeira série brasileira a ser vendida para um canal americano (Starz) em 2012, Ale McHaddo é uma mulher trans, diretora e roteirista que contribui bastante para o audiovisual brasileiro. Além disso, foi vencedora do prêmio Kids Jury Award no Festival de Cannes em 2009, com a série “Osmar, a Primeira Fatia do pão de forma”.

Mary Blair

Ilustradora e diretora de arte, Mary Blair teve um papel importante na Idade de Ouro da Disney. Com traços simples e cores fortes, contribuiu significativamente na produção de filmes como “Cinderela” (1950) e “Alice no País das Maravilhas” (1951).

Retta Scott

Em 1942, sua contribuição para o lançamento de “Bambi” ganhou destaque e fez com que Retta Scott se tornasse a primeira mulher a receber créditos de tela na história das animações do Walt Disney Animation Studios.

Célia Catunda

Célia Catunda é diretora e animadora brasileira que tem contribuído para o desenvolvimento de animações infantis e educativas no Brasil. É criadora e dirigiu séries como “Show da Luna” e “Peixonauta”.

Celia Catunda e Retta Scott.
Retta (esquerda) e Célia (direita)
Jennifer Lee e Karen Toliver.
Karen (esquerda) e Jennifer (direita)

Karen Toliver

Também vencedora do Oscar, Karen Toliver, vice-presidente executiva de desenvolvimento criativo da Sony Pictures Animation, foi a primeira mulher negra a receber o prêmio de Melhor Curta de Animação com “Hair Love” (2019). Suas narrativas e produções têm contribuído para uma maior diversidade no cinema de animação.

Jennifer Lee

Jennifer Lee é roteirista e diretora norte-americana, conhecida por ser a primeira mulher a dirigir um longa animado do início ao fim da produção. Com “Frozen” (2013), ganhou o Oscar de Melhor Animação e faturou mais de 1 bilhão de dólares em bilheterias, tornando a animação um dos maiores sucessos atuais da Disney.

Lotte Reiniger

Lotte Reiniger foi uma diretora de cinema e animadora alemã, conhecida por dirigir “As Aventuras do Príncipe Achmed” (1926), considerado um dos primeiros longas-metragens de animação. Além disso, foi pioneira na técnica de silhuetas, utilizando paper cutting dentro do stop-motion.

Brenda Chapman

Brenda Chapman foi a primeira mulher a entrar na direção de um longa animado, “O Príncipe do Egito” (1998), além de ser a primeira mulher a lançar uma protagonista feminina na Pixar e vencer o Oscar de Melhor Animação com “Valente” (2012).

Lotte Reiniger e Brenda Chapman.
Lotte (esquerda) e Brenda (direita)

Além dessas mulheres, damos destaque para a Selma Lopes, umas das pioneiras da dublagem no Brasil, é reconhecida por dar a voz à Marge de “Os Simpsons”; Hattie McDaniel, primeira mulher negra a receber um Oscar, ganhando o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em “E o Vento Levou” (1939); e Helena Solberg, pioneira na representação feminina no cinema brasileiro, reconhecida como a única diretora mulher a participar do Cinema Novo, movimento cinematográfico nos anos 60.

Que essa homenagem vá além dessas palavras. Neste Dia Internacional da Mulher, reconhecemos e celebramos o papel fundamental que as mulheres desempenham na criação, não só do universo animado, mas também do audiovisual em geral.

Inspirações que nos fazem sonhar, questionar e acreditar na força transformadora da arte.

Leandro Muniz
Estação Lunar Studio